A primeira acareação no STF  (O Supremo Tribunal Federal), será às 10h, entre o tenente-coronel, Mauro Cid e o general Walter de Souza Braga Netto. O pedido foi feito pelo militar e alta patente, após Cid afirmar que recebeu dinheiro do general, no caso que apura a suspeita de golpe de Estado.

Além desse ponto, outra discussão gira em torno de uma suposta reunião realizada em novembro de 2022, quando o assunto principal era o plano “Punha Verde e Amarelo”, que tinha como objetivo a morte de autoridades.

Alexandre de Moras conduz duas acareações no STF nesta terça-feira – Foto: Ton Molina/STF/ND

Já a segunda acareação no STF será realizada logo após encerrar o confronto de informações entre Mauro Cid e Braga Netto. Nesse momento, previsto para às 11h, o encontro será entre o ex-ministro Anderson Torres e o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes.

A defesa de Torres foi quem protocolou o pedido no STF, com objetivo de esclarecer alguns pontos dos depoimentos dos dois. A contestação diz respeito à declaração do militar em que aponta a participação do ex-ministro em uma reunião com Jair Bolsonaro (PL) e comandantes das Forças Armadas.

A defesa de Anderson Torres afirma que apenas o general fez tal afirmação. Nenhum outro militar teria citado a reunião durante os depoimentos. Mauro Cid e Bolsonaro também negaram a realização da reunião.

O que muda com a acareação no STF

Na prática jurídica, o STF afirma que não muda o andamento do processo. A Corte diz que já tem subsídio suficiente para conduzir o processo penal, em curso na Suprema Corte que apura a participação de cada um e se houve de fato uma tentativa de golpe de Estado.

Réus no caso que envolve tentativa de golpe tentam amenizar ação penal que corre no STF – Foto: Gustavo Moreno/STF/ND

A estratégia das defesas com as acareações no STF, além de gerar dúvidas sobre os fatos narrados até o momento, podem ainda aliviar a situação de cada um dos envolvidos. Os maiores interessados são os três réus, já que Freire comparece como testemunha na Corte.