A Polícia Federal pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu filho, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) e do ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem (hoje, deputado federal pelo PL-RJ), e outros 27 nomes no inquérito que ficou conhecido como “Abin Paralela”. O órgão investiga o aparelhamento da Abin para espionar adversários do ex-presidente.

Entre os indiciados, também está o atual diretor-geral da Abin, o delegado federal Luiz Fernando Corrêa., Ele foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A lista ainda conta com número dois da agência, Alessandro Moretti.

Carlos Bolsonaro é apontado pela PF como um dos articuladores da “Abin Paralela” – Foto: Agência Brasil/Reprodução/ND

Segundo o Estadão, para a PF, a atual gestão da Abin agiu em “conluio” com a anterior para evitar que os monitoramentos ilegais viessem a público.

Abin Paralela

Segundo o inquérito da Polícia Federal sobre a Abin Paralela, que pede o indiciamento dos acusados, revelado nesta terça-feira (17), Bolsonaro e sua família aparelharam a agência e montaram um esquema para espionar ilegalmente adversários políticos.

Alexandre Ramagem era o diretor-geral da Abin acusado de espionar ilegalmente adversários do ex-presidente – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em janeiro do ano passado, a PF fez a Operação Última Milha, que cumpriu nove mandados de busca e apreensão já dentro das investigações da “Abin Paralela” para investigar o suposto uso ilegal de uma ferramenta de espionagem nos sistemas da agência.

Ramagem foi um dos alvos da operação, com buscas sendo realizadas em seu gabinete e em endereços no Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O deputado federal está no meio de uma queda de braço entre Câmara e STF (Supremo Tribunal Federal) por conta de ação penal que corre na Justiça.