O governador do Acre, Gladson Cameli, reuniu-se na manhã desta sexta-feira, 2, em seu gabinete, em Cruzeiro do Sul com a equipe responsável pela obra cinematográfica Geni e o Zepelim, que será rodada no município de Cruzeiro do Sul. Durante o encontro, o chefe do Executivo estadual reiterou o compromisso do governo com o fortalecimento da produção audiovisual no estado e colocou à disposição toda a estrutura institucional para apoiar a iniciativa.

Camelí destacou o impacto cultural e econômico que a gravação trará para a região do Juruá, enfatizando que o investimento na área, além de promover a cultura acreana, movimentará a economia local, especialmente em setores como a hotelaria, alimentação, transporte e turismo.

“Essa produção representa uma oportunidade única de mostrar ao Brasil e ao mundo as belezas da nossa Amazônia acreana, em especial da região do Juruá. Além disso, gera empregos, renda e fomenta toda uma cadeia econômica e criativa”, declarou o governador.

Produção nacional de destaque

A realização do longa-metragem está a cargo da Migdal Filmes, produtora brasileira com mais de 15 anos de trajetória e mais de 30 títulos entre longas-metragens e séries em seu portfólio. Responsável por sucessos de público como a trilogia Minha Mãe é Uma Peça (2013, 2016 e 2019) — cujo terceiro título é o mais lucrativo da história do cinema nacional —, a empresa aposta agora na força da narrativa de Geni e o Zeppelin para emocionar plateias e, ao mesmo tempo, valorizar os cenários e talentos da região norte do país.

A produtora Iafa Britz, fundadora da Migdal, falou sobre a escolha do Acre como cenário principal. “ É uma honra contar com o apoio do governo do Estado e filmar em Cruzeiro do Sul, um lugar de paisagens incríveis e povo acolhedor. Acreditamos no poder da arte para transformar e dar visibilidade a histórias que precisam ser contadas”, destacou.

Enredo inspirado na canção de Chico Buarque

Inspirado na clássica canção Geni e o Zepelim, de Chico Buarque, lançada em 1979, o roteiro da produção aborda temas como intolerância, hipocrisia social e a marginalização de figuras consideradas “diferentes” pela sociedade. A narrativa acompanha a trajetória de Geni, personagem central que, apesar de ser rejeitada e humilhada por sua comunidade, torna-se a única capaz de salvar a cidade de um destino trágico, ao conquistar a simpatia do comandante de um imponente dirigível que ameaça destruí-la.

Com tom poético e crítico, a adaptação cinematográfica promete explorar o drama humano com profundidade, ao mesmo tempo em que homenageia a força de resistência dos excluídos.

Desenvolvimento regional e cultural

A escolha do Acre como cenário para as gravações simboliza a valorização de uma identidade amazônica que há tempos busca maior espaço no cinema nacional. Para o governo estadual, trata-se de uma política cultural com resultados concretos, capaz de gerar empregos diretos e indiretos, além de atrair novos olhares para o estado.

As filmagens estão previstas para iniciar nos próximas semanas, com a mobilização de profissionais locais e técnicos especializados vindos de diferentes partes do país.

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