Kamai denuncia abandono dos bairros e cobra presença do prefeito: “O povo está pedindo socorro”

Em mais uma edição da Caravana SOS Rio Branco, o vereador André Kamai (PSB) percorreu diversas comunidades da capital e denunciou o abandono enfrentado pelos moradores. Em vídeos divulgados nas redes sociais, Kamai cobrou diretamente o prefeito Tião Bocalom e afirmou que a gestão municipal virou as costas para a população.
“Quando chove eu não consigo nem entrar em casa. Não posso abrir a janela do meu quarto por causa do mau cheiro. O caminhão do lixo não entra. Tenho que levar o lixo até a esquina. Isso aqui é a vida real, é o que o povo vive”, relatou um morador da rua São Marcos, no bairro Habitat Brasil, enquanto acompanhava o vereador.
De passagem pelo bairro, Kamai mostrou ruas tomadas por lama, falta de saneamento e acúmulo de lixo. Segundo ele, a coleta foi suspensa por falta de acesso, e a infraestrutura das vias impede a circulação de moradores e veículos.
“Aqui nem sapo acorrentado passa, prefeito. E o senhor segue viajando pela BR, por Goiânia, por Brasília, mas não conhece a realidade daqui”, criticou.
No Centro de Juventude do bairro Aeroporto Velho, a caravana encontrou quadras abandonadas e espaços públicos deteriorados. Kamai lamentou a ausência de políticas para a juventude e questionou a destinação dos recursos da prefeitura.
“Se parte dos R$ 20 milhões anunciados fossem investidos nesses espaços, teríamos jovens praticando esportes, em vez de estarem expostos à violência. O investimento na juventude é essencial, mas está sendo ignorado”, afirmou.
O roteiro incluiu ainda o Centro Cultural Lídia Ramos, que antes abrigava atividades para crianças, mulheres e artistas locais. Hoje, segundo Kamai, o local está completamente inativo.
“Era um espaço de cultura e cidadania. Hoje, está abandonado. A cultura sumiu, e com ela vão embora as oportunidades de transformação social”, denunciou.
Caminhada como denúncia
A caravana, segundo o vereador, é um instrumento de denúncia e um chamado à responsabilidade da gestão municipal. Kamai reforçou que continuará visitando bairros invisibilizados para dar voz à população.
“Se o prefeito não tem tempo de andar pelos bairros, eu ando. Porque essa é a cidade real. E ela está pedindo socorro”, finalizou.
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