VÍDEO: Como é o ‘avião do juízo final’ que resiste a ataques nucleares e foi acionado pelos EUA
Aeronave voou até Washington após a confirmação de que os EUA participaram de bombardeios no Irã, o que aumentou as tensões sobre a possibilidade de conflito nuclear atingir o solo americano

Com 67 antenas, blindagem contra pulsos eletromagnéticos e capacidade de operar por 35 horas ininterruptas, o E-4B Nightwatch, conhecido como “avião do juízo final”, é uma das armas mais poderosas dos Estados Unidos. A aeronave foi acionada na última terça-feira (18) e seu voo aumenta as apreensões diante de uma crise nuclear no Oriente Médio.
Projetado para resistir a explosões nucleares e funcionar como centro de comando aéreo, o E-4B é uma versão militarizada do Boeing 747-200, operada pela Força Aérea dos EUA. A aeronave pode manter o comando militar em operação mesmo durante uma guerra nuclear.
Também chamado de “Pentágono voador”, o “avião do juízo final” pode transportar até 111 pessoas, incluindo o presidente, o secretário de Defesa e chefes militares. Ele consegue permanecer em operação por até 35 horas seguidas – ou até uma semana, com reabastecimento aéreo.
Seu interior é dividido em áreas específicas para comando, conferência, comunicações e descanso. O cockpit ainda utiliza sistemas analógicos, considerados mais confiáveis em situações extremas que os digitais modernos.
‘Avião do juízo final’ realizou missão após EUA bombardear o Irã
A missão da última terça-feira (18), quando o E-4B decolou de Louisiana e pousou em Washington, ocorreu logo antes da confirmação de que os EUA participaram de bombardeios contra instalações nucleares iranianas.
A movimentação do avião reforça o estado de prontidão. Pelo menos uma unidade da frota de quatro E-4B está em alerta 24h por dia desde os anos 1980, pronta para decolar em caso de crise militar ou ameaça nuclear.
No sábado (21), o presidente Donald Trump afirmou que os EUA destruíram três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Isfahan. O ataque marca a entrada formal do país no conflito entre Israel e Irã, que já durava 11 dias.
Segundo Trump, todos os aviões estadunidenses retornaram com sucesso. Especialistas, no entanto, duvidam que até mesmo a potente bomba GBU-57 tenha sido capaz de destruir por completo Fordow, construída sob uma montanha e fortemente protegida.
O Irã confirmou os bombardeios e, no Conselho de Segurança da ONU, prometeu uma resposta. O aiatolá iraniano já havia alertado que qualquer ofensiva dos EUA teria “consequências sérias e irreparáveis”.
Em contextos como esse, o “avião do juízo final” deixa de ser apenas um símbolo militar e passa a ser parte ativa da estratégia de dissuasão nuclear dos EUA. Seu voo não foi por acaso – foi um sinal claro de que o país está preparado para qualquer cenário.
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