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Rio Branco,08/05/2025

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Dólar cai firme e Bolsa dispara em reação a Copom e expectativa de acordo entre EUA e Reino Unido

Trump confirmou que países chegaram a um consenso sobre tarifas; anúncio deve ser feito na manhã desta quinta-feira (8)


Dólar cai firme e Bolsa dispara em reação a Copom e expectativa de acordo entre EUA e Reino Unido

O dólar abriu em leve baixa nas primeiras negociações desta quinta-feira (8), mas intensificou queda e voltou ao patamar abaixo de R$ 5,70, após as decisões de política monetária do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) e do Banco Central do Brasil, e diante de um acordo tarifário entre Estados Unidos e Reino Unido

Às 10h15, o dólar caía 0,82%, a R$ 5,696. Nesta quarta-feira (7), o dólar também abriu em baixa, mas inverteu o sinal e fechou com alta de 0,58%, cotado a R$ 5,743, seguindo a tendência de valorização da divisa dos EUA globalmente. Já a Bolsa, disparava 1,40%, a 135.265 pontos, no mesmo horário, tendo fechado com queda discreta de 0,08%, a 133.397 pontos, na véspera.

A imagem mostra uma nota de um dólar dos Estados Unidos em primeiro plano, com o retrato de George Washington. Ao fundo, há várias notas de um dólar dispostas em uma superfície, criando um efeito de repetição. A nota em destaque possui detalhes em verde e preto, com a inscrição 'The United States of America' e o valor 'One Dollar'.

Foi a terceira sessão seguida de ganhos da moeda, marcada pela decisão do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos) de manter a taxa de juros dos EUA inalterada, e pela expectativa antes do anúncio da Selic pelo BC (Banco Central), à noite.

Já a Bolsa fechou com queda discreta de 0,08%, a 133.397 pontos, após ter encerrado perto do zero a zero na terça, quando subiu 0,01%, a 133.515 pontos.

Após o encerramento do mercado financeiro, o Copom (Comitê de Política Monetária), em decisão unânime, anunciou que elevou a taxa básica Selic em 0,5 ponto percentual, de 14,25% a 14,75% ao ano. É o maior nível registrado em 19 anos.

"Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação", informou o Copom) em comunicado.

No final da quarta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump indicou que uma das negociações tarifárias do país estavam próximas de um desfecho em uma publicação nas redes sociais. Ele não especificou a nação que fazia parte do acordo.

Nesta quinta-feira, um alto funcionário britânico confirmou que seu país chegou a um consenso com os Estados Unidos, o que foi confirmado por Trump nas redes sociais. O anúncio oficial deve ser feito ainda na manhã desta quinta pela Casa Branca.

Antes disso, o mercado esteve atento às decisões de bancos centrais pelo mundo sobre taxas de juros.

Após marcar a cotação mínima de R$ 5,6972, uma baixa de 0,25%, às 9h06, a divisa dos EUA oscilou em alta ante o real durante praticamente todo o dia.

Alguns agentes reforçaram as posições compradas em dólar antes das decisões do Fed e do Copom do BC sobre juros. O avanço também estava em sintonia com a alta do dólar ante boa parte das demais divisas no exterior.

O destaque foi o anúncio do Fed, no meio da tarde, de manter a taxa de juros inalterada, na faixa de 4,25% a 4,50%, apesar da pressão de Trump para reduzirem as taxas por lá.

O presidente do Fed, Jerome Powell, fez uma série de alertas sobre o cenário econômico americano.

Às 16h25, após a decisão do Fed e os comentários de Powell, o dólar atingiu a máxima da sessão, de R$ 5,765, uma alta de 0,94%.

Em entrevista coletiva, Powell afirmou que a incerteza é tão grande neste momento que o banco central dos EUA não pode fazer mudanças nos juros para lidar com o rumo que a economia possa estar tomando.

"Não é uma situação em que possamos ser preventivos porque, na verdade, não sabemos qual será a resposta correta aos dados até que vejamos mais dados", disse.

Powell disse ainda que, caso os aumentos de tarifas de importação anunciados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sejam mantidos, será possível ver uma inflação mais alta e um nível de emprego mais baixo. O controle da inflação e a geração de empregos são justamente as duas metas perseguidas pelo Fed.

Para Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, o comunicado da decisão e a fala de Powell mostraram que o Fed reconhece o aumento das incertezas causado pelos anúncios das medidas relativas às políticas comerciais e os respectivos riscos de deterioração do contexto macroeconômico.

"No entanto, Powell foi enfático em dizer que a economia permanece em boa forma e que ainda não é possível antecipar de forma precisa o que virá pela frente. Em suas palavras, o comitê não tem pressa: esperar, observar e assistir o desenrolar dos fatos parece ser a melhor estratégia do momento."

Enquanto digeria a decisão do Fed, o mercado brasileiro precificou a expectativa pela decisão do Copom sobre a taxa básica Selic, que só seria divulgada às 18h30, horas depois do encerramento do mercado, que ocorre por volta das 17h.

O comitê já havia anunciado anteriormente que elevaria a taxa Selic, agora em 14,25% ao ano, em uma magnitude menor que os aumentos anteriores recentes de 1 ponto percentual —81% das apostas apontavam para uma alta de 0,5 ponto percentual (14,75%) enquanto 19% previram aumento de 0,25 ponto percentual (14,50%).

"A gente está com um juro muito elevado no Brasil, quase 15% ao ano. Inclusive hoje, na superquarta, tivemos mais uma alta de juro", disse Davi Lelis, especialista e sócio da Valor Investimentos.

Segundo Tiago Feitosa, fundador da T2 Educação, a alta da Selic coloca "a taxa no fim do ciclo de alta e, por isso, a tendência passa a ser de redução da taxa nos próximos meses".

Em reunião da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo), nesta terça, o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a defender que o Banco Central não considere as variações de preços de alimentos e energia ao analisar a inflação para tomar decisões de política monetária.

Alckmin disse que uma taxa Selic em nível alto tem um "impacto brutal" sobre o custo de capital e a competitividade do Brasil, além de um "efeito gigantesco" sobre a dívida pública.

À tarde, o BC informou que o Brasil fechou o mês de abril com fluxo cambial total positivo de US$ 7,220 bilhões, resultado de saídas de US$ 965 milhões pela via financeira e entradas de US$ 8,185 bilhões pela via comercial.

Já a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 8,153 bilhões em abril, um recuo de 3,3% sobre o saldo apurado no mesmo mês do ano passado, conforme o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).





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