A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio do Núcleo de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e da área técnica das doenças exantemáticas, realiza nos dias 24, 25 e 26 a Oficina de Preparação para Resposta Rápida a Casos Suspeitos de Sarampo no Período Pós-Eliminação.

A iniciativa tem como objetivo fortalecer a capacidade de resposta da rede de saúde diante de possíveis ocorrências da doença, promovendo ações de vigilância ativa e intervenções coordenadas de forma oportuna. A oficina conta com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde, e está ocorrendo no Sesc Bosque, em Rio Branco.

“Hoje temos uma preocupação especial com a nossa fronteira com a Bolívia, que vem apresentando casos de sarampo. Essa oficina acontece em um momento oportuno, pois nos permite preparar os profissionais de saúde para garantir uma resposta rápida diante de qualquer suspeita da doença. A nossa expectativa é de que não haja registros no Brasil e no Acre, mas, caso ocorram, o estado estará preparado para o enfrentamento”, explica a secretária adjunta de saúde, Ana Cristina Moraes.

Participam da capacitação os profissionais que atuam como pontos focais dos municípios nas áreas de imunização, vigilância epidemiológica, laboratório, núcleos hospitalares de vigilância, bem como representantes do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) e Distrito Sanitário Especial Indígena (DSei). O treinamento visa preparar tecnicamente esses atores estratégicos para o enfrentamento eficaz de eventuais casos da doença.

“A capacitação é voltada aos profissionais de saúde dos municípios e tem como foco o fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica. O objetivo é garantir que esses profissionais estejam preparados para agir de forma efetiva e oportuna, caso venha a existir algum caso de sarampo no nosso estado, mantendo, assim, a condição de eliminação da doença no Acre”, ressalta a coordenadora do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis, Renata Meireles.

A vacinação é a principal forma de prevenção do sarampo. A vacina tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola e é recomendada para crianças, adolescentes e adultos. A imunização é uma estratégia fundamental para reduzir a incidência e a transmissão de doenças, diminuindo os casos de internações e óbitos. Além de proteção individual, trata-se de um compromisso coletivo com a saúde pública.

“O sarampo, é uma doença que vem assolando os países vizinhos, inclusive os que fazem fronteira com o nosso estado. Não registramos no Acre nenhum caso de sarampo desde o ano 2000. Mas, dadas as baixas coberturas vacinais, nós somos um estado de risco. Por isso, estamos preparando nossos profissionais para termos uma resposta imediata caso a doença venha a ser reintroduzida no estado”, destaca a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações no Acre, Renata Quiles.

A gerente de imunização de Tarauacá, Marcela do Vale, sinaliza a relevância da participação dos profissionais do interior na capacitação. “Para nós, é de suma importância participar de um evento como este, realizado na capital, que trata sobre o sarampo. Isso garante que os municípios do interior, mesmo os de difícil acesso, não se sintam excluídos. Recebemos as mesmas informações que são repassadas aqui em Rio Branco e, com isso, conseguimos falar a mesma língua em todo o estado, fortalecendo o cuidado e levando saúde de forma igualitária para nossas comunidades”, finaliza.

Sarampo

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, altamente contagiosa, causada por um vírus, que pode ser grave e até fatal. É caracterizada por febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e um exantema (erupção cutânea) avermelhado que se espalha pelo corpo.

O sarampo é causado pelo vírus Morbillivirus, que se propaga facilmente através de secreções respiratórias, como gotículas de saliva e muco, quando a pessoa infectada tosse, fala ou espirra.

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