Para evitar prejuízos na produção em campo, e garantir a produtividade com responsabilidade, engenheiros agrônomos da Associação Nacional das Empresas de Defensivos Agrícolas (Aenda), provenientes de São Paulo (SP), com o apoio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), promoveram, na terça-feira, 17, em Rio Branco e na quarta-feira,18, em Acrelândia, um treinamento sobre boas práticas agrícolas na aplicação dos herbicidas 2,4-D e glifosato, em conformidade com as exigências legais estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O foco foi orientar produtores rurais e estudantes de agronomia sobre a aplicação correta dos herbicidas, abordando aspectos essenciais para a segurança e eficiência no manejo desses produtos, como cuidados com a saúde durante o trabalho com agrotóxicos, destacando-se a importância da prevenção de intoxicações; normas para transporte e armazenagem segura dos defensivos agrícolas; aplicação correta de agrotóxicos hormonais, como o 2,4-D, com foco na minimização da deriva e dos impactos ambientais; e uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPIs), fundamentais para proteger o trabalhador rural.

“Nossa empresa atua há anos levando informação para produtores e estudantes. Detectamos onde há necessidade de treinamento e nos deslocamos até esses locais. Nosso objetivo é capacitar tanto quem está no campo quanto quem está em formação, para garantir que o uso desses produtos seja feito com responsabilidade, segurança e respeito às normas vigentes”, explica Leonardo Monteiro, engenheiro agrônomo da Aenda.

No Acre, produtores de soja, milho e outras culturas mantêm batalha diária contra plantas daninhas resistentes. Entre os principais aliados no combate a essas invasoras estão os herbicidas, que facilitam o manejo das lavouras. Além de serem eficientes no controle das plantas daninhas, o glifosato e o 2,4-D são opções de baixo custo, o que contribui para a redução dos gastos na produção agrícola no estado.

Para o produtor de café do Ramal Quixadá em Rio Branco, essa é uma grande oportunidade para aprender a usar os agrotóxicos na plantação. “Comecei minha plantação de café há pouco tempo e, quando participo desse tipo de treinamento, entendo a necessidade de fazer tudo corretamente, para não prejudicar nem a plantação nem a nossa saúde”, disse.

A estudante Graziela Fortunato, do curso de Agronomia da Universidade Federal do Acre em Acrelândia, esteve presente no treinamento e destacou a importância do uso correto de herbicidas para o homem do campo. “Como estudante, preciso estar por dentro de tudo o que representa um benefício para a minha profissão, pois, no futuro, quero ser um exemplo de agrônoma e também contribuir com o fortalecimento do setor do agronegócio no meu município. Por isso, é fundamental que eu aprimore meus conhecimentos sobre o uso de agrotóxicos”, afirmou.

Já para Jair Cabral, produtor de milho de Plácido de Castro, é fundamental que os agricultores tenham atenção redobrada na aplicação de agrotóxicos. “Pra gente que tem plantação e depende disso como fonte de renda, é importante aprender cada vez mais sobre a quantidade certa e o produto adequado, para não prejudicar a lavoura”, avaliou.

O Idaf, como órgão de defesa agropecuária, trabalha em parceria com o produtor rural, oferecendo orientação sobre o uso correto de agrotóxicos e apoiando a campanha anual de devolução de embalagens, que busca promover a logística reversa dessas embalagens, com base no princípio da responsabilidade compartilhada entre agricultores, fabricantes, canais de distribuição e o poder público.

Para o coordenador de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins do Idaf, Marcelo Machado, o instituto está presente para orientar, fiscalizar e apoiar o produtor rural, garantindo que a produção agrícola avance com responsabilidade e na legalidade.

“Esse tipo de treinamento é fundamental para alinhar as práticas no campo às exigências legais e às normas de segurança no uso de agrotóxicos. A capacitação oferecida reforça exatamente isso: o uso correto, seguro e eficiente desses produtos, protegendo tanto o trabalhador quanto o meio ambiente”, ressaltou.

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